O mindfulness salvou-me a vida, salvou-me de viver uma vida sonâmbula e desligada. Parece que foi há séculos, mas passou apenas pouco mais de uma década, desde o momento em que comecei a cuidar do burnout que me bateu à porta. Ou melhor, altura em que comecei a cuidar de mim, com o amor e a atenção que mereço.
A sociedade contemporânea impõe-nos a ideia de produtividade utópica, do altruísmo de cuidar sempre primeiro do outro, ficando para depois o tempo que reservamos ao descanso e ao cuidado de nós. Acontece que esse depois nunca chega, pois não?
Acabamos por viver num ciclo de desgaste que se relaciona, em grande medida, com o stress a que submetemos o nosso corpo. Não sendo o stress algo prejudicial em si mesmo, é-o quando vivemos ciclos de stress contínuos, sem que o ciclo se feche.
O que é fechar o ciclo de stress?
Perante uma potencial ameaça percecionada, que pode ser qualquer coisa que capte com os seus sentidos ou que imagine, vão ocorrer mudanças neurológicas e fisiológicas que o preparam para lutar ou fugir. Escrevo potencial ameaça, pois o seu cérebro pode reagir exatamente da mesma forma se estiver perante um leão ou perante o seu chefe a chamá-lo a atenção a meio de uma reunião.
Quando fecha o ciclo de stress (ou seja, a sua ação levou a resolver e lidar com a situação de stress) permite que o seu equilíbrio interno seja reposto. O problema começa quando não vai fechando os ciclos de stress. Com alguns dos seus sistemas a trabalhar continuamente nos mínimos, à espera que o stress termine, vai acabar por adoecer! E foi exatamente isso que me aconteceu e me levou à exaustão.
Aqui entra o mindfulness (ou atenção plena) que escrevi no início. Ajuda a fechar o ciclo de stress, mas mais do que isso, cria estrutura para mudar a nossa atitude perante a vida e experienciar um novo nível de satisfação.
O mindfulness é uma forma de estar na vida, em atenção plena ao momento presente, de forma intencional. A sua prática regular mobiliza e altera regiões específicas do cérebro que resultam no aumento da concentração, do controlo emocional, da autoestima e do humor.
É uma terapia de terceira geração com efeitos comprovados na regulação da ansiedade, depressão e burnout. As evidências científicas são tão amplas que esta terapia é recomendada no Serviço Nacional de Saúde Britânico como terapia para tratamento destas patologias.
A minha vida mudou radicalmente quando iniciei as práticas de atenção plena de forma diária. Tornou-se impossível não partilhar com o mundo esta forma de vida. A paixão transformou-se em profissão e nasceu a Caracolga, um projeto na área de Mindfulness, Meditação e Autoconhecimento.
Se está a passar por uma destas situações (ansiedade, depressão, burnout), procure apoio, não está só. Se não sabe por onde começar, venha ter comigo, no projeto Caracolga encontra práticas, programas e retiros que o podem ajudar a viver uma vida mais saudável e feliz.
Um abraço com Amor.
Nota: artigo publicado na Gazeta das Caldas, no dia 2 de maio de 2024
Este programa é facilitado por uma formadora com certificação de competências pedagógicas e gestora de formação, com décadas de experiência, a mentora do projeto caracolga, Olga Prada. O seu trabalho e conduta de vida seguem as Directrizes de Boas Práticas para o Ensino de Cursos Baseados em Mindfulness, sugeridas pela British Association of Mindfulness-based Approaches.
O certificado é emitido pela empresa que acolhe este projeto, a Plio, empresa formadora certificada pela DGERT desde 2014.
Esta certificação vai habilitar-te a seres um agente de mudança na tua vida e na vida dos que te rodeiam.