Há uns tempos tomei consciência que os sábados, em particular os dias de Sol, me têm oferecido momentos transformadores. Representam uma espécie de conjugação cósmica, que me desperta uma consciência contemplativa, recetiva à reflexão e à interiorização.
Não vão estranhar que vos escreva, que foi num soalheiro sábado à tarde, que o Universo me conduziu a uma sala que transbordava harmonia e liberdade. Embora estivesse rodeada por muitas pessoas que desconhecia, sentia, de alguma forma, uma conexão com a sua energia e essência.
Foi nessa tarde, naquela sala, que muito se disse, ouviu e sentiu sobre “os medos”. E percebi, de forma tão transparente, como as águas cristalinas das Maldivas, que os medos dos pais, dos professores e dos alunos não diferem assim tanto entre si como eu poderia ter imaginado.
Ouvi, de uma jovem voz doce, mas firme, duma firmeza que não condizia com a idade da sua oradora:
“Também tenho direito a sentir ansiedade!”
Com surpresa, senti esta frase ressoar tão profundamente em mim. Revi-me naquela voz que me transportou para o início da minha juventude. Fiquei retida naquele instante por largos momentos, pairando na nostalgia que ele me trouxe.
Mais tarde, outra voz sábia, atenta ao seu sentir, mas também ao ecoar das emoções dos que a rodeiam, reafirmou-me ainda mais este pensamento em que a minha mente tinha ficado presa:
“Eu tenho direito a ter medo! Por favor não me OBRIGUEM… porque posso precisar de anos ou de vidas para o superar!”
Tudo o que sentimos é nosso por direito, e assim devemos aceitá-lo tal como é. E enfrentaremos os nossos medos, no nosso tempo, quando nos sentirmos seguros e prontos para abraçar tudo o que somos.
No fundo, todos – pais, professores e alunos – procuramos a tal liberdade que senti na sala ao início daquela tarde. A liberdade de sermos genuinamente nós próprios, buscando viver uma vida de amor, no pleno e amplo sentido desta palavra sagrada. Um Amor para ser saboreado com tempo, com simplicidade e com prazer.
Trilhar este caminho, implica olhar nos olhos dos nossos medos. Aceitando-os e caminhando de mão dada com eles. E remexer nas suas entranhas, tão intimamente, até que os transformamos em Amor. Assim, viveremos uma vida em plena liberdade.
Um abraço com Amor.
Este programa é facilitado por uma formadora com certificação de competências pedagógicas e gestora de formação, com décadas de experiência, a mentora do projeto caracolga, Olga Prada. O seu trabalho e conduta de vida seguem as Directrizes de Boas Práticas para o Ensino de Cursos Baseados em Mindfulness, sugeridas pela British Association of Mindfulness-based Approaches.
O certificado é emitido pela empresa que acolhe este projeto, a Plio, empresa formadora certificada pela DGERT desde 2014.
Esta certificação vai habilitar-te a seres um agente de mudança na tua vida e na vida dos que te rodeiam.