O Elefante
Embrenhados na nossa visão da vida, buscamos frequentemente, com uma convicção fervorosa, a verdade absoluta, convencidos que a unidade da consciência será reveladora de uma verdade única e indiscutível.
Lembro, como se fosse hoje, a primeira vez que li este conto. Terminei com um sorriso rasgado, daqueles sorrisos que abraçam o corpo e a alma. Tinha alcançado, de forma irreversível, a perceção das múltiplas verdades, encadeadas nessa unidade universal.
Tal como os cegos em busca do conhecimento do Mistério, todos nós apenas observamos uma parte da realidade. E essa é filtrada pelo crivo da nossa perceção, que é colorida pelas nossas crenças, medos, dogmas e sonhos. Assim, criamos a Nossa Verdade, uma representação subjetiva e pessoal da realidade una.
Esta consciência das verdades, que conjugadas nos permitem chegar mais perto do Real pleno, trouxe-me paz. Parecia que há muito esperava pelo reconhecimento de que todas essas visões diferentes, constituem partes conciliáveis de uma realidade de múltiplas facetas, que nos unifica.
A nossa perceção ilude-nos e pode cegar-nos completamente. Em consciência, cuidando do nosso autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, é possível ver com todos os sentidos, limitando o nível de cegueira da nossa mente
“O conhecimento do Real não é companheiro dos cegos, só com outros olhos conhecerás céus insuspeitados.”
Conto de Sabedoria Milenar, O Elefante
in processo de Educação das Emoções, Escola de Desenvolvimento Transpessoal
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